segunda-feira, 13 de setembro de 2004

Liberdade à Prestação

I

Bush branquelo
Deu um sorriso amarelo
Pois até Collin Powel negão
House nigger da coligação
(Malcon X tinha razâo)
Reconheceu que no Iraque
O americano se fudeu.

II

Iraquiano não é araqueano:
Esculachado, ficou muito zangado.
Não é de prometer,
Não se fez de rogado:
Botou logo prá fuder.

III

Marcharam para a casa do caralho
Cinquenta mil pobres otários
Que assinaram o contrato
De uma triste profissão
Viver feito cão, matar em erro,
Voltar prá casa num caixão.

IV

Voltar prá casa no próprio enterro?
Coberto com a bandeira,
Escutar muita besteira
Sabendo que foi em vão?
Isso é vida meu irmão?

V

Soldado, abra o olho e passe a ver
Que ainda é cedo prá morrer.
Quer voltar aleijado?
Sem um pé, sem uma mão?
Quer voltar sem a mente?
Perdida na escuridão?

VI

Está na hora do soldado
Deixar de ser pau-mandado
Encarar a verdade e tomar a decisão.
Sair fora, encarar a cana,
Um, dois anos de prisão:

Libertadade
Também se paga à prestão.